terça-feira, 18 de setembro de 2012

OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA - “Escrevendo o Futuro”

Os estudantes do 1º Turno participaram nos últimos meses da Olimpíada de Língua Portuguesa “Escrevendo o Futuro”. Aqui estão alguns dos textos que foram selecionados para participar da Olimpíada.

clip_image002

Selva de Pedras

Da janela do meu quarto olhei para aquela paisagem. A selva de pedras. Com seus vários prédios e arranha céus. O céu tinha um tom cinzento e eu sentia um forte cheiro de fumaça.

Entrei em meu mundo de memórias e sorri. Os prédios foram substituídos por altas árvores, que quase não víamos sua folhagem verde por completo. O céu adquirira um tom azul anil. O asfalto esburacado fora substituído por uma estrada de terra cheia de pedras.

A praça em frente à minha casa vivia vazia, já que os jovens não sabiam o que era sentar-se e ficar em paz por alguns minutos. Aquela pracinha, a mesma em que eu e meus colegas sentávamos e conversávamos, ou ficávamos jogando pedrinhas na água, simplesmente vendo os círculos se formarem.

Senti o aroma de café vindo da mercearia ao lado. E na hora do almoço o que mais podia-se sentir era o cheiro de frango com quiabo vindo dos restaurantes aqui perto.

Abri os olhos e vi outro mundo. Um mundo mutilado, devastado e desrespeitado. A praça continuava vaga, o rio adquirira um tom enegrecido e o cheiro de fumaça pairava no ar.

Suspirei triste e fechei a janela. Aquele ar já estava a sufocar-me. Ouvi o tão raro som dos sinos da igreja antiga, sorri, este som sempre levava-me à minha infância há setenta e dois anos, quando eu tinha apenas oito e tinha tido uma maravilhosa infância.

Professora: NIVIA DE FREITAS E SILVA
Aluna: Myrelle Duque Gomes

 

clip_image002[6]

Cidade jardim

Minha cidade não tem palmeiras nem sabiás. As palmeiras foram cortadas, os sabiás fugiram. Cortados em nome do "progresso". Nosso céu não tem mais estrelas e nossos bosques foram asfaltados. Nas grandes avenidas a maioria das árvores foi cortada e com elas foram-se os pássaros.

Felizmente, em meio à aridez da metrópole encontro o meu refúgio, o Parque Municipal. Construído para servir como abrigo para aqueles cansados da confusão, até hoje é perfeito para mim. Mesmo estando localizado na região central e ao lado de uma das mais importantes avenidas, a Afonso Pena, quando ali estou, esqueço-me dos carros, prédios, buzinas ensurdecedoras, dos políticos e m campanha, etc.

Sentado num banco, à sombra de uma das árvores centenárias, começo a escrever qualquer coisa em um papel, uma crítica aos nossos tempos modernos, mas rapidamente algo me dispersa e começo olhar ao meu redor. Uma criança brinca no carrossel, outra corre atrás do pai, uma senhora lê um livro, outra reza um terço, um grupo de jovens canta debaixo das árvores... todos eles alheios ao mundo externo, pois ao entrar ali se esquecem de tudo e se recolhem em um mundo particular.

Enquanto os pássaros cantam, as crianças riem e os gatos miam, do lado de fora dos portões do Parque o mundo continua andando como uma infindável e frenética procissão de carros e andarilhos urbanos. Pobres coitados, escravos de suas rotinas, mal sabem a calma que cá eu desfruto.

Aqui dentro estamos em outra frequência, outro ritmo, este controlado pelo gorjeio dos pássaros, o sussurrar do vento entre as árvores, a batida do coração. E até o coração parece bater diferente, mais calmo, sereno, sem a opressão da cidade.

Nosso parque é um oásis em meio ao deserto cinza, um paraíso para os corações cansados, uma pausa para a descontrolada sinfonia de escapamentos e pneus de carros. Queria eu poder viver eternamente nesta tranquilidade, onde nas alamedas não passam carros, apenas casais de mãos dadas, amigos rindo, crianças fazendo algazarra e senhoras e senhores cheios de saúde.

Ao sair do Parque deparo-me com a cinzenta realidade, mas dentro de mim, levo minhas ilusões e meu estado de calmaria. Continuo sonhando... qual é o mal em sonhar com uma cidade jardim?

Professora: MARIA ELENA ROCCO CARNEIRO
Aluno: Pedro Henrique Ribeiro Oliveira

 

clip_image002[8]

Ah! Minas Gerais!

Ah, Minas Gerais!

Cidades belas

Povo hospitaleiro

Temos carinho para dar e vender

Ah, Minas Gerais!

Suas riquezas e seus caminhos

São as coisas mais belas que já vi.

Lugar precioso e mágico

Lugar de amor e paz

Aqui é muita calmaria

E fica mais bonito ainda nas noites de luar.

A vida aqui é ótima

Aqui, todos vivem felizes

Nessa localidade maravilhosa

A comida é gostosa!

Ah, Minas Gerais.

Ah, Minas Gerais!

Representa a Praça da Liberdade

Esbanjando esperança com suas fontes de água.

E o Parque Municipal

É beleza pura

São os mineiros sendo eles mesmos

São eles tentando criar sua própria moda.

E o Mercado Central

Vendendo mercadorias históricas

É um lugar mágico

Onde tudo se realiza

Ah, Minas Gerais!

Aluna: Natháia de Oliveira Ribeiro

Professora: Andréia Aparecida Sá de Jesus

segunda-feira, 17 de setembro de 2012